Lições nº 63 e 64/ 20 janeiro 2010
Sumario:
Os conhecimentos de facto e a relação de causalidade.
Actividade de consolidação.

QUESTÕES REALIZADAS NA AULA Actividade 3 PÁG.193


1; O que significa a ideia de causalidade, isto é, o que quer dizer a expressão "conexão necessária entre dois fenómenos"?

A ideia de causalidade é uma crença subjectiva sem base racional ou empírica. Não há nenhuma impressão sensível da qual derive a ideia de causa.

2; Assinale a passagem do texto 3 que mostra que não há experiência da relação causal entendida como conexão necessária.

"como não temos ideia alguma que não derive de uma impressão, se afirmamos ter a ideia de ligação necessária (ou causal), deveremos encontrar alguma impressão que esteja na origem desta ideia."

3-Segundo Hume, não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma conexão necessária ou causal entre dois fenómenos? Porquê?

Não, não podemos comprovar pois Hume negou que possamos fazer qualquer ideia de causalidade que não através do seguinte: Quando vemos que dois eventos sempre ocorrem conjuntamente, tendemos a criar uma expectativa de que quando o primeiro ocorre, o segundo seguira na sua opinião as crenças não podem ser eliminada mas que também não pode ser provada verdadeira por nenhum argumento, dedutivo ou indutivo, tal como na questão da nossa crença na realidade do mundo exterior.

4-Aquilo que a experiência nos permite observar é que dois fenómenos aparecem conjuntamente, um a seguir ao outro, repetidas vezes. Como é que inferimos - já que não a constatamos - uma relação necessária ou causal entre esses dois fenómenos? Será um conhecimento?

Na perspectiva de David Hume nunca podemos ter a certeza de algo acerca de uma situação futura, logo de um determinado acontecimento não precede necessariamente outro, pois tal pode ou não acontecer daí não ser um conhecimento, nós não podemos ter a certeza de algo que ainda não aconteceu independentemente das probabilidades de tal acontecer.


Lições nº 61 e 62 / 18 janeiro 2010
Sumario:

Análise e resumo de um texto sobre a teoria explicativa de David Hume (computadores).


(Resumo - Origem das ideias)





11.Para David Hume todos admitirão prontamente que existe uma dife­rença considerável entre as percepções da mente quando um homem sente a dor de um calor excessivo ou o prazer de um ardor moderado, e quando ele depois traz à memória a sua sensação ou a antecipa mediante a sua imaginação.

0 máximo que delas afirmamos, mesmo quando actuam com o maior vigor, é que representam o seu objecto de uma maneira tão viva que poderíamos quase dizer que o sentimos ou vemos.


12. Podemos, pois, dividir aqui todas as percepções da mente em duas classes ou tipos, que se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade. Pelo termo impressão significo todas as nossas percepções mais vivas, quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos, odiamos, desejamos ou queremos e as impressões distinguem-se das ideias, que são as impressões menos intensas, das quais somos conscientes quando reflectimos sobre qualquer das sensações ou movimentos acima mencionados.


13. Mas, embora o nosso pensamento pareça possuir esta liberdade irrestrita, veremos, num exame mais pormenorizado, que se encontra realmente confinado a limites muito estreitos e que todo este poder criador da mente nada mais vem a ser do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos são fornecidos pelos sentidos e pela experiência.

Em linguagem filosófica, todas as nossas ideias, ou percepções mais fracas, são cópias das nossas impressões ou percepções mais intensas.


14. Os argumentos sufi­cientes para provar isto são primeiro, ao analisarmos os nossos pensamentos ou ideias, por muito compostas e sublimes que sejam, sempre descobrimos que elas se resolvem em ideias tão simples como se fossem copiadas de uma sensação ou sentimento precedente.

Aqueles que afirmarem que esta posição não é universalmente verda­deira nsem excepção têm um só e fácil método de a refutar, apresentando essa ideia que, na sua opinião, não é derivada desta fonte.


15. Segundo David Hume, se acontecer que um homem, em virtude de um defeito dos órgãos, não é susceptível de qualquer espé­cie de sensação, vemos sempre que ele é igualmente pouco susceptível das ideias correspondentes.0 mesmo acontece se o objecto, adequado para a excitação de alguma sensação, nunca se tiver aplicado aos órgãos.

E embora haja poucos ou nenhuns exemplos de uma semelhante deficiência na mente, em que uma pessoa nunca reconheceu ou é totalmente incapaz de um sentimento ou paixão que pertence à sua espécie, no entanto, descobrimos que a mesma observação ocorre num grau menor.


16. Existe, contudo, um fenómeno contraditório que pode provar que não é absolutamente impossível surgirem ideias independentes das suas impressões correspondentes. David Hume achava que sem grande esforço se admitirá que as várias e distintas ideias de cor, que entram pelos olhos, ou as de som, que são trans­portadas pelos ouvidos, são realmente diferentes umas das outras, embora, ao mesmo tempo, se assemelhem.

David Hume perguntava se era possível, pela sua própria imaginação, suprir tal deficiência e ascender por si mesma à ideia desse matiz particular, embora nunca lhe tenha sido transmitida pelos sentido.


17. Todas as ideias, em especial as abstractas, são naturalmente vagas e obscuras a mente tem delas apenas um escasso domínio e são propensas a confundir-se com outras ideias semelhantes: e quando utilizámos muitas vezes algum termo, embora sem um significado distinto, temos a inclinação para imaginar que possui uma ideia determinada a ele anexa. Pelo contrário, todas as impressões, isto é, todas as sensações, quer externas ou internas, são fortes e vivas; os limites entre elas estão mais exactamente determinados, e nem é fácil cair em erro ou engano em relação a elas.


Filosofia-David Hume:

o empirismo é uma concepção que influencia certos pensadores dos séculos XVII e XVIII incutindo um sentido experimentalista. Hume introduz uma distinção entre impressões e ideias, considerando as primeiras evidências fortes e vivas que provêm do conhecimento de uma realidade exterior.

Consequentemente as ideias são representações enfraquecidas e menos vivas das impressões do pensamento.

Deste modo conclui que as ideias resultam do trabalho do espírito humano sobre as impressões.

O ser humano tem a ideia de Deus pois tem a impressão dessa ideia, conseguida através duma relação de ideias.

O princípio da causalidade passa a ser entendido como a relação que o ser humano faz entre factos semelhantes ou sucessivos.



Principais críticas do empirismo ao racionalismo

O problema que D. Hume levantou e permanece até à actualidade como um problema real, é o da indução.

Equaciona-se nos seguintes termos:

Levantou, em primeiro lugar, o problema da (i)legitimidade lógica da indução, ou seja, o problema da justificação lógica da passagem de enunciados particulares para enunciados gerais, o mesmo é dizer, o problema da ilegitimidade das leis científicas.

Levantou ainda o problema da validade dos juízos acerca do futuro e de casos desconhecidos, o mesmo é dizer, o problema da legitimidade das previsões científicas. As previsões pertencem aquilo que ainda não foi observado e não podem ser inferidas logicamente daquilo que já foi observado, porque o que acontecei não impõe restrições lógicas aquilo que acontecerá.

Levantou em terceiro lugar o problema da causalidade, ou seja, o problema da legitimidade da conexão causal entre acontecimentos. A ilusão da causalidade provém, segundo Hume, da confusão entre conjunção ou sequência de acontecimentos com a sua conexão causal. Na verdade p e q não é o mesmo que “p implica q”.

NB. O princípio da indução não se pode justificar apelando simplesmente à lógica. Assim sendo poderíamos supor que o indutivista derivaria a indução directamente da experiência, mas uma tal justificação é inaceitável porquanto incorre num circulo vicioso, uma vez que emprega o mesmo tipo de argumentação indutiva, cuja validade se supõe que necessita de justificação. Exemplo:

O princípio da indução funcionou com êxito na ocasião X1

O princípio da indução funcionou com êxito na ocasião x2

O princípio da indução funciona sempre

Infere-se desta forma uma conclusão universal que afirma a validade do princípio da indução a partir de uma certa quantidade de enunciados singulares que registam aplicações com êxito do princípio do passado. Portanto a argumentação é indutiva, e não se pode, pois, utilizar para justificar o princípio de indução. Não podemos utilizar a indução para justificar a indução. Esta dificuldade foi designada como “problema da indução”.


Lições nº 59 e 60 / 13 de janeiro 2010

Sumario:
Os modelos explicativos do conhecimento
A prespectiva de David Hume.

O empirismo de David Hume



Impressões e Ideias são o conteúdo do conhecimento:


Impressões:
São imagens e sentimentos que derivam imediatamente da realidade; são precepções vivas e fortes.

Ideias:
São cópias ou imagens débeis das impressões.

Há segundo Hume duas espécies de percepções:

Impressões
Ideias

Hume refere a existência de dois tipos de conhecimento:

Conhecimento de Ideias (Relação de Ideias)
Conhecimento de Questões de Facto (Experiência sensivel)

Conhecimento de Ideias
ex: O triângulo tem três ângulos.
Um objecto azul á um objecto com cor.
25 é um terço de 75.

Conhecimento de Questões de Facto

ex:Amanhã vai chover.
A neve resulta da descida acentuada da temperatura.
O calor dilata os corpos.


Os conhecimentos designados por "relações entre ideias" consideram-se a priori:

Consistem na análise do significado dos elementos de uma proposição tendo em vista estabelecer relações entre ideias que ela contém.
As "Relações entre Ideias" são proposições cuja verdade pode ser conhecida pela simples inspecção lógica do seu conteúdo.


Conhecimento das questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência:
O Valor de verdade das proposições tem de ser testado pela experiência, ou seja, temos de confrontar as proposições com a experiência de forma a verificar se elas são verdadeiras ou falsas.



Actividade de consolidação:


1.O que são relações entre ideias?

Relações entre ideias são conhecimentos a priori , são verdades necessárias.Consistem na análise do significado dos elementos de uma proposição tendo em vista estabelecer relações entre ideias que ela contém.

As proposições que exprimem e combinam relações de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo.

2.O que são conhecimentos de facto?

Conhecimentos de facto são conhecimentos a posteriori , a verdade das proposições de facto e contingente.O conhecimento das questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência.

As proposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimentos sobre o que neste existe e acontece.

3.O que distingue essencialmente relações de ideias e conhecimentos de facto?

Relações entre ideias é um conhecimento a priori , que nós aprendemos e conhecimento de facto é a posteriori ou seja aprendemos através da experiência.

Lições nº57 e 58 / 11 de Janeiro de 2010

Sumário:

Criação de um blog para a inscrição dos portefólios dos alunos.

Lições nº55 e 56 / 6 de Janeiro de 2010

SUMÁRIO: Realização de uma actividade de consolidação na pág. 156 do manual
" A Definição Clássica do Conhecimento"


Actividade de consolidação da pág. 156 do manual

1) Em que consiste a teoria clássica do conhecimento?

Para a filosofia clássica o conhecimento é uma "crença" verdadeira e fundamentada (função tripartida)

2) Pedro acredita que, se o Pai Natal estiver satisfeito com a forma como se portou durante o ano , o seu sapatinho no dia de Natal terá muitos presentes. Ao acordar de manhã no dia de Natal, verifica com agrado que o sapatinho tem muitos presentes. Suponhamos agora que no dia de Natal Pedro recebe de facto muitos presentes. Significa isso que a sua crença constituía um conhecimento?Não, porque não é verdadeiro nem fundamentada, é apenas uma crença.

3) Quais das seguintes situações poderão ser consideradas crenças verdadeiras justificadas?

a - Ao olhar para o bilhete de identidade da minha namorada, reparo que o seu aniversário é a 25 de Dezembro. Corro para lhe comprar uma prenda

b - Atiro uma moeda ao ar e, dando cara, digo que João não irá comparecer ao encontro com os amigos.

c - Todos os unicórnios são animais com um corno.

d - Acordo e digo "Está a chover em Barcelona. Aposto que é verdade" Na realidade, nesse momento está a chover em Barcelona.

R: a) a verdadeira e fundamentada; b) Não é verdadeira nem fundamentada; c) verdadeira e fundamentada; d) não é verdadeira nem fundamentada
Lições nº53 e 54/ 4 de Janeiro de 2010

SUMÁRIO:
O conhcecimento e a racionalidade científica e tecnológica.Os problemas do conhecimentoA estrutura do Acto de Conhecer.

II - O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica

1) Os problemas de conhecimento
1.1) O que é o conhecimento?
A disciplina filosófica que responde a esta questão pode ser designada como epistenologia , gnosiologia ou teoria do conhecimento.Como definir o conhecimento?Podemos designar o conhecimento como o que se conhece ou o próprio acto de conhecer .

Teoria do Conhecimento
Gnosiologia
Epistenologia

Questões principais:

O que é o conhecimento?
O que podemos conhecer?
Como alcançamos o conhecimento?


O conhecimento envolve uma relação sujeito/objecto

Cada uma das partes tem uma função específica e irreversível:
sujeito apreende o objecto, criando na sua consciência uma imagem do mesmo.
Ao objecto a função de ser apreendido pelo sujeito


Mas então o que é o conhecimento?

São frequentemente usados como equivalentes do conhecimento as expressões "crer" e "saber".A definição padrão do conhecimento diz que o conhecimento é crença verdadeira justificada.


Actividade na sala de Aula-O que é conhecer


O que é o conhecimento ?

A discplina filosófica que responde a esta questão pode ser designada como Epistemologia, Gnosiologia ou teoria do conhecimento


Como o definir ?

Podemos designar o conhecimento como o que se conhece ou o próprio acto do conhecer

O Conhecimento envolve uma relação sujeito objecto .
Cada uma das partes tem uma função específica e irreversível:

Sujeito apreende o objecto , criando na sua consciencia uma imagem do mesmo .

Ao objecto a função de ser apreendido pelo sujeito



Mas então o que é o conhecimento ?

São frequentemente usadas como equivalentes do conhecimento das expressões ' crer ' e ' saber '

A definiçao padrão do conhecimento diz que o conhecimento é a crença verdadeira justificada.stificada.